Harmonias Urbanas: Poemas que Resgatam Raízes e Desvelam Horizontes
Saudações Sociais,
Em um diálogo poético entre as memórias de infância e a complexidade urbana, damos as boas-vindas a mais uma expressão artística dos nossos APS.
Hoje, os versos nos conduzirão por uma jornada que se entrelaça com o passado e desvenda as camadas intrincadas do presente.
Tudo através da perspectiva única oferecida por dois autores: Daniela Tavares Alexandro, APS na GIHAB São José dos Campos e Robert Menezes, APS na GIHAB Belém.
Máquina do Tempo
Na máquina do tempo viajar
voltar naquela rua para brincar
pular amarelinha e correr
brincar de esconde-esconde e cantar
Ciranda Cirandinha cirandar
só quero uma chance para voltar
e nunca mais ter pressa de crescer
e nunca mais ter pressa de crescer
E lá se via tanta brincadeira
boneca, pega pega e passa anel
peão, bola de gude e queimada
e a emoção da pipa lá no céu
E quando a tristeza me feria
ameaçando o dom de ser criança
brincar me devolvia a alegria
sonhar me renovava a esperança
Mas acordei um dia e não ouvi
a voz que me chamava pra brincar
e ao abrir a porta percebi
que a minha rua não estava lá
Ciranda, cirandinha, cirandar
só quero uma chance pra voltar
e nunca mais ter pressa de crescer
e nunca mais ter pressa de crescer
CIDADES
As grandes cidades
São prédios gigantes
Sem coração
Vivemos tão alto
Que mesmos descalços
Não tocamos o chão
Buscamos ar puro
Pra respirar
Na poluição
Matamos as árvores
Crescemos no asfalto
Tantas vidas em vão
As máquinas fazem
Em breves instantes
O homem refém
As máquinas trazem
O poder é a força
Que o homem não tem